Educando para a vida vai muito além de preparar para provas
As constantes mudanças que temos visto no âmbito das politicas educacionais buscam uma forma, no meu entendimento, de perpassar o ensino preponderantemente tradicional. Este sim, já plenamente ultrapassado e sem consonância com um mundo tecnológico a ser liderado pelos jovens inquietos da atualidade.
Nessa entoada, as reformas do ensino tendem a conciliar uma educação que forme indivíduos para uma vida plena e humanizada em suas relações ao mesmo tempo que prepare os jovens para um mundo do trabalho de certa forma competitivo e seletivo. Sendo assim, entendo que não devemos desmerecer aquilo que o modelo tradicional de ensino mais valorizou: a mediação de conteúdos e procedimentos visando a preparação para exames avaliativos. De certa forma, na idade adulta, todos em algum momento passarão por experiências que exigirão alta performance e resultados. E nada melhor que trabalhar essas habilidades a partir de aplicação de exames ao longo da vida estudantil.
A linha tênue deste processo é que, durante a trajetória estudantil das crianças e adolescentes, não se dêem tamanha importância para notas e aplicação de provas. Medir o desempenho unicamente através de uma nota e/ou dar tanta relevância para o valor em si da avaliação torna o processo sem sentido para o estudante.
O que se busca é tornar a aprendizagem significativa, fazendo com que as provas tornem-se secundárias no processo. As mesmas seriam apenas mais um, dentre tantos outros instrumentos de avaliação.
O grande desafio é fazer com que o jovem da atualidade busque satisfação no que estuda. É crucial que eles encontrem em suas vidas uma aplicabilidade daquilo que estuda na escola. Afinal, quem estuda pra prova, não aprende pra vida.
Educação Financeira e Empreendedorismo como forma de dar sentido ao estudo
Despertar a curiosidade nas crianças e adolescentes sem dúvida é chave para que o aprendizado transcorra da melhor forma possível. A curiosidade alimenta o interesse e a autonomia para a construção do conhecimento por parte dos estudantes.
O Projeto de Educação Financeira e Empreendedorismo a ser implementado desde o início da escolaridade fortalece a aquisição de conceitos e atitudes que as crianças e adolescentes levarão para a vida adulta. Uma educação financeira e empreendedora pautada em princípios éticos e valores tende a formar um adulto mais crítico e consciente sobre esses temas.
E como a Matemática se insere nessa nova perspectiva de ensino?
A matemática pode servir de elo para essa re-significação do ensino. Minha proposta de ensino visa propiciar aos estudantes acesso a conhecimentos teóricos e práticos dos fundamentos da matemática aplicada ao cotidiano e ao mundo do trabalho. Nessa perspectiva, elenco como fundamental o desenvolvimento do raciocínio analítico. O alicerce do meu trabalho é fomentar e disseminar uma nova cultura de ensino da matemática, muito mais interativa, dinâmica e atrativa às crianças e adolescentes.
Acredito que a matemática e o raciocínio lógico mobilizam estudantes para a reflexão crítica e no processo de tomada de decisões, proporcionando ambientes de aprendizagens colaborativos e dinâmicos.