Como está a educação financeira dos jovens no Brasil?

Como esta a Educação Financeira dos Jovens

A importância de ser ter nas escolas programas consistentes de educação financeira

Promover a educação financeira da população é um objetivo comum de muitos países, por diversas razões: crescente oferta de produtos e serviços financeiros, maior longevidade da população, novas tecnologias financeiras, etc. 

A educação financeira pensada estrategicamente dentro da grade curricular escolar tende a contribuir de forma muito positiva em vários aspectos na vida dos estudantes (dentro e, principalmente, fora do ambiente escolar).

No que tange aos impactos na vida dos estudantes fora da escola, estudos comprovam que uma criança e um adolescente bem educados sob o ponto de vista financeiro dificilmente enfrentarão problemas de endividamento descontrolado na fase adulta. Saiba mais sobre essa relação entre educação financeira e endividamento: clique aqui.

Implementando um trabalho bem planejado de educação financeira pode-se trabalhar de forma inter e transdisciplinar a partir dos seguintes eixos:

  • Educação e valores;
  • Consumo X Consumismo
  • Sustentabilidade
  • Aspectos comportamentais
  • Empreendedorismo
  • Projeto de vida

Como está a educação financeira dos jovens segundo o PISA

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) recomenda que a educação financeira comece o mais cedo possível, na escola, contribuindo para formar uma sociedade com bem-estar financeiro de maior qualidade. Entender conceitos financeiros, conhecer características, riscos e oportunidades de produtos e serviços financeiros, saber gerir as finanças pessoais, entre outras competências, integram um conjunto básico de capacidades necessárias a todo cidadão.

Nesse particular, um instrumento que nos dá um quadro confiável e detalhado do letramento financeiro da população jovem é o PISA (Programme for International Student Assessment). O PISA é uma pesquisa trienal que avalia as habilidades de estudantes de diversos países para a participação na vida econômica e social. Fornece dados sobre as habilidades dos estudantes em leitura, matemática e ciências, e também em áreas inovadoras, como resolução de problemas, competências globais e pensamento criativo.

Os dados relativos à educação financeira do PISA são de 2018 e o Programa avaliou os seguintes conteúdos:

  • Dinheiro e transações financeiras
  • Planejamento e manejo das finanças
  • Risco e recompensa
  • Aplicação e entendimento de conceitos

Dos 20 países avaliados, o Brasil foi o 17º colocado na pontuação geral. Ainda assim, a performance dos jovens brasileiros aumentou em 27 pontos entre o PISA de 2015 e 2018.

O PISA fornece indicadores que permitem avaliar o panorama da educação financeira, como o desempenho geral em educação financeira e uma baixa exposição dos estudantes a finanças nas escolas. Há diferenças na exposição de meninos e meninas a decisões financeiras, e se observam disparidades significativas no conhecimento financeiro de estudantes de classes mais altas e mais baixas. Por outro lado, vemos que a motivação dos estudantes brasileiros em aprender sobre finanças não está abaixo do cenário global. Temos espaço, portanto, para investir na educação financeira dos jovens, encontrando pessoas interessadas no tema e dispostas a aprender.

Um desafio apontado pela pesquisa é que ainda não é com o professor que a maioria dos alunos acessa informações sobre finanças/educação financeira, o que mostra uma oportunidade importante de ampliar os programas de educação financeira nas escolas brasileiras. O Brasil é o 13º colocado na lista que avalia o quanto os alunos são expostos a conceitos financeiros nas escolas.

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